Alguns cefalópodes ─ o grupo animal que inclui polvos, lulas e sépias ─ são especialistas em mimetismo, ou seja mudança de cor, que pode ser usada para camuflagem ou para assustar e advertir potenciais predadores no mundo submarino onde vivem. Ellen J. Prager, professora assistente da Escola Rosensteil de Ciências Marinhas e Atmosféricas da University of Miami, explica o fenômeno da seguinte forma: Muitas dessas criaturas têm, na pele, células pigmentadas especiais chamadas de cromatóforos. Elas conseguem mudar de cor, e até criar padrões variáveis, controlando o tamanho dessas células. Os cromatóforos estão conectados ao sistema nervoso, e suas dimensões são determinadas por contrações musculares. Os cefalópodes também têm olhos extremamente desenvolvidos. Acredita-se que eles detectem não só cor, mas também intensidade de luz. Utilizando sua visão privilegiada e os cromatóforos, os cefalópodes conseguem se camuflar criando padrões de cores que imitam quase perfeitamente o fundo do mar onde vivem. Nas lulas, as mudanças de cor também podem ocorrer quando o animal é perturbado ou se sente ameaçado. Além de controlar a cor, muitas lulas podem produzir luz e controlar sua intensidade. A luz produzida por organismos vivos é chamada de bioluminescência, que pode ser usada de formas bastante diferentes pelos organismos marinhos. Alguns animais utilizam bioluminescência para confundir ou assustar predadores; outros para imobilizar sua presa, e outros ainda, para ludibriar predadores, e facilitar sua fuga ou como isca para atrair suas presas. A bioluminescência também pode ser um meio de comunicação em águas profundas escuras, ou no lusco-fusco marinho. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário